A geração de energia solar fotovoltaica por meio de usinas que revendem ao mercado cresceu 88 vezes nos últimos 12 meses até junho, segundo a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Por maior que seja a diferença, é preciso lembrar que a variação é a partir de uma base de comparação ínfima, o que faz com que qualquer aumento seja gigantesco. Mesmo assim, indica uma tendência nacional pelo investimento em geração de energias renováveis, que leva ao barateamento de equipamentos e à abertura de linhas de crédito que favorecem também os consumidores residenciais ou empresariais, para que passem a considerar o sistema de microgeração como projeto de economia e sustentabilidade.
Tanto que a recuperação do investimento já caiu para menos de 3,50 anos em 18 capitais do País, conforme levantamento do Índice Comerc Solar, empresa que é a maior gestora de energia do país com mais de 1,6 mil unidades de 820 empresas. Na baixa tensão, própria para residências e pequenas empresas, a campeã é Teresina (PI), com 2,86 anos de tempo de retorno. O indicador, divulgado na última quarta-feira (22), leva em consideração a tarifa de cada local e a economia gerada pelo uso de painéis fotovoltaicos.
Curitiba, que não se pode chamar de uma capital ensolarada, é somente a 23ª colocada dos 25 locais comparados. Mesmo assim, o investimento é pago em 4,16 anos. A probabilidade é que esse tempo diminua mais ainda aos poucos, já que a tecnologia e o aumento de fornecedores de equipamentos possibilitam a redução dos custos de instalação. Ao mesmo tempo, a tarifa costuma subir acima da inflação, como ocorreu neste ano no Paraná, com alta média de 16% para o fornecimento da Copel.
O diretor da Comerc Solar, Marcel Haratz, afirma que o custo de instalação caiu mais que 50% nos últimos três anos. "A maior demanda derrubou o custo de produção e, principalmente, o governo da China, que é o país que mais produz equipamentos a um custo menor, reduziu os incentivos para que a produção fosse para o mercado interno e eles começaram a exportar mais."
Haratz lembra que a incidência solar costuma ser semelhante a cada ano, mas a tarifa de energia fica cada vez mais cara. "Para baixa tensão, o payback hoje é de até 3,5 anos, quando era de cerca de seis anos em 2015", diz. Ele acredita que o Brasil tenha potencial semelhante à Austrália para geração fotovoltaica, país onde oito a cada cem pessoas têm projeto solar próprio.
No País, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), de junho de 2013 a junho deste ano, o número de conexões de microgeração subiu de 23 mil para 30,9 mil, das quais 99% com tecnologia solar. Em Londrina, o diretor comercial da Resize Solar Energy, Rafael Augusto Cândido, confirma o aquecimento do mercado. "Fechávamos de um a dois projetos ao mês em 2015 e hoje fechamos uma média de seis", diz.
Apesar de atender também empresas, Cândido diz que a maior demanda é a residencial. "Antigamente as pessoas achavam que os projetos fotovoltaicos eram para aquecimento de água, mas as pessoas têm mais informações, até pela mídia, e hoje enviamos cerca de 150 propostas por mês em Londrina", conta.
Para empresas, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) planeja lançar ainda neste mês a linha Finame Energias Renováveis. O órgão de fomento havia suspendido a análise de pedidos por excesso de demanda, mas pretende formatar o novo programa com orçamento de R$ 1 bilhão, enquanto negocia a liberação de mais R$ 208 milhões do Fundo Clima. As condições serão as mesmas das anunciadas em junho e depois suspensas, com taxa de juros final, que inclui a remuneração do agente repassador, de 4,03% a 4,55% ao ano, carência de três a 24 meses e prazo total de 12 anos.
Tanto que a recuperação do investimento já caiu para menos de 3,50 anos em 18 capitais do País, conforme levantamento do Índice Comerc Solar, empresa que é a maior gestora de energia do país com mais de 1,6 mil unidades de 820 empresas. Na baixa tensão, própria para residências e pequenas empresas, a campeã é Teresina (PI), com 2,86 anos de tempo de retorno. O indicador, divulgado na última quarta-feira (22), leva em consideração a tarifa de cada local e a economia gerada pelo uso de painéis fotovoltaicos.
Curitiba, que não se pode chamar de uma capital ensolarada, é somente a 23ª colocada dos 25 locais comparados. Mesmo assim, o investimento é pago em 4,16 anos. A probabilidade é que esse tempo diminua mais ainda aos poucos, já que a tecnologia e o aumento de fornecedores de equipamentos possibilitam a redução dos custos de instalação. Ao mesmo tempo, a tarifa costuma subir acima da inflação, como ocorreu neste ano no Paraná, com alta média de 16% para o fornecimento da Copel.
O diretor da Comerc Solar, Marcel Haratz, afirma que o custo de instalação caiu mais que 50% nos últimos três anos. "A maior demanda derrubou o custo de produção e, principalmente, o governo da China, que é o país que mais produz equipamentos a um custo menor, reduziu os incentivos para que a produção fosse para o mercado interno e eles começaram a exportar mais."
Haratz lembra que a incidência solar costuma ser semelhante a cada ano, mas a tarifa de energia fica cada vez mais cara. "Para baixa tensão, o payback hoje é de até 3,5 anos, quando era de cerca de seis anos em 2015", diz. Ele acredita que o Brasil tenha potencial semelhante à Austrália para geração fotovoltaica, país onde oito a cada cem pessoas têm projeto solar próprio.
No País, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), de junho de 2013 a junho deste ano, o número de conexões de microgeração subiu de 23 mil para 30,9 mil, das quais 99% com tecnologia solar. Em Londrina, o diretor comercial da Resize Solar Energy, Rafael Augusto Cândido, confirma o aquecimento do mercado. "Fechávamos de um a dois projetos ao mês em 2015 e hoje fechamos uma média de seis", diz.
Apesar de atender também empresas, Cândido diz que a maior demanda é a residencial. "Antigamente as pessoas achavam que os projetos fotovoltaicos eram para aquecimento de água, mas as pessoas têm mais informações, até pela mídia, e hoje enviamos cerca de 150 propostas por mês em Londrina", conta.
Para empresas, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) planeja lançar ainda neste mês a linha Finame Energias Renováveis. O órgão de fomento havia suspendido a análise de pedidos por excesso de demanda, mas pretende formatar o novo programa com orçamento de R$ 1 bilhão, enquanto negocia a liberação de mais R$ 208 milhões do Fundo Clima. As condições serão as mesmas das anunciadas em junho e depois suspensas, com taxa de juros final, que inclui a remuneração do agente repassador, de 4,03% a 4,55% ao ano, carência de três a 24 meses e prazo total de 12 anos.